Um reino colonizado que se tornou império: a Núbia antiga

Por meio de apropriações e ressignificações, a Núbia – região onde alguns dos primeiros reinos africanos emergiram – conseguiu transformar elementos da cultura de seu colonizador, o Egito, em símbolo de seu próprio poder.
12 de fevereiro de 2018
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Muitos ficariam surpresos ao constatarem que o local com a maior concentração de pirâmides no mundo não está no Egito, mas sim no Sudão. Isso porque entre mais ou menos 1100 e 250 a. C., os reis da Núbia, civilização africana que se desenvolveu no que hoje é o atual Sudão, construíram, nessa época, diversas tumbas reais em forma de pirâmide. Neste período, a Núbia não só tinha deixado de ser colônia do Egito, como havia se tornado ela própria um império – o chamado Império de Napata. Os núbios, inclusive, avançaram sobre o território egípcio e conquistaram parte das terras do seu antigo colonizador, fundando a 25ª dinastia no Egito.

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Cronologia simplificada da Núbia. Clique na imagem para ampliar. Crédito: Rennan Lemos.

Neste texto, pretendo explorar e comparar as dinâmicas e negociações culturais coloniais e imperiais, procurando discutir como a Núbia pôde utilizar elementos da cultura egípcia para criar seu próprio poder imperial. Para isso, é importante destacar que a Núbia esteve em constante contato com o Egito durante boa parte de sua história e que este, em diversos momentos, avançou sobre a região com expedições militares e colonizadoras. A Núbia, porém, desenvolveu-se de forma independente do Egito desde a pré-história.

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Mapa da Núbia antiga. Crédito: Rennan Lemos.

A Núbia e o Egito: uma história de altos e baixos

Os egípcios demonstraram seu interesse na Núbia desde os primórdios de sua história. A partir do Reino Médio (2055-1665 a. C.), porém, eles iniciaram uma política expansionista. Nessa época, os faraós egípcios erigiram uma série de fortalezas na Baixa Núbia – região norte do Sudão – com o intuito de garantir seu poderio militar e, sobretudo, a exploração de ouro.

Os egípcios do Reino Médio perderam o poder sobre seu território durante o Segundo Período Intermediário (1650-1550 a. C.), quando os chamados hicsos estabeleceram seu poderio na parte norte do Egito. Nesse período, o Reino de Kerma, na Núbia, também teve seu auge. Enquanto os hicsos controlavam o norte do Egito, os núbios exerciam seu poder ao sul.

Com o Reino Novo (1550-1070 a. C.; equivalente ao período colonial na Núbia), período em que os egípcios restabeleceram o poder sobre seu território, a política imperialista foi elevada ao extremo, com um programa extensivo de construções de templos em território núbio.1 Esses templos, além de exaltar o poder dos faraós e estabelecer o culto aos deuses egípcios em solo núbio, eram centros administrativos do poderio colonial na Núbia.2 Em paralelo, os egípcios fundaram uma série de cidades coloniais naquela região. Por exemplo, na cidade colonial de Sesebi, fundada por Akhenaton, arqueólogos encontraram vestígios da exploração de ouro – o principal interesse do Egito na Núbia.3

A cultura egípcia na Núbia colonial

As cidades coloniais da Núbia produziram vestígios das interações culturais entre egípcios e núbios. Essas interações se dão, por exemplo, através de práticas alimentares – muito difíceis de serem modificadas em um curto período. O estudo de potes de cerâmica de sítios coloniais núbios nos mostra que, em vez de uma adoção de práticas e utensílios egípcios, as formas de comer e servir comida nesses locais foram resultados de interações complexas, em que conviviam maneiras locais e hábitos trazidos pelos egípcios, que são testados e implementados de maneiras diversas.4

Um reino colonizado que se tornou império: a Núbia antiga 1

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Por outro lado, nos cemitérios coloniais da Núbia, encontramos uma generalizada adoção de objetos em estilo egípcio. Os corpos também deixaram de ser depositados à maneira Núbia (isto é: fletidos) para serem posicionados de forma estendida. O enxoval funerário incluía vasos, pratos e potes de cerâmica em estilo egípcio – o que materializa, de alguma maneira, a prática do ritual funerário como conhecemos no Egito. Entre outros objetos, escaravelhos, vasos de maquiagem, amuletos, colares e pulseiras encontrados nesses cemitérios também materializam uma adoção de padrões materiais egípcios, o que igualmente sugere, aprioristicamente, a adoção de práticas culturais egípcias.5 Cabe notar, porém, que combinações distintas de objetos em estilo egípcio podem denotar maneiras locais, núbias, de criar padrões culturais6 – da mesma forma que uma jarra de suco pode se tornar um vaso de plantas, caso seu proprietário assim o deseje.

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Objetos em estilo egípcio encontrados no cemitério colonial de Fadrus. Fotos de R. Lemos. Cortesia do Museu Gustavianum, Universidade de Uppsala.

Subversões coloniais e o surgimento de lógicas imperiais

Vários elementos egípcios foram introduzidos na cultura sudanesa durante o período colonial. Mas, se mesmo nessa época podemos notar pontualmente formas criativas de adaptar, interpretar e criar padrões culturais e negociar posições, no Período de Napata (~110-250 a. C.), os núbios subverteram elementos egípcios para criar e reafirmar seu próprio poder e cultura.

A paisagem da cidade de Napata, próxima à quarta catarata do rio Nilo, com templos e pirâmides, materializa a complexidade da sociedade núbia da época. Os reis núbios construíram uma série de pirâmides, primeiro em el-Kurru, depois em Nuri. Entre os reis de Napata, talvez o mais famoso seja Taharqa, que além de erigir imponentes construções na Núbia, também espalhou templos e monumentos pelo Egito. Suas construções, tanto na Núbia quanto no Egito, materializam a grandiosidade do Império Kushita de Napata – Kush era o nome antigo que os egípcios utilizavam para se referir à Núbia.7

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A necrópole de Nuri. A primeira e a maior das pirâmides foi construída por Taharqa. Foto de Rennan Lemos.

De reino colonizado pelos egípcios do Reino Novo, os reis núbios de Napata desenvolveram seu próprio império, utilizando elementos da cultura egípcia, inclusive a forma escrita da língua (os hieróglifos), para também reafirmar o poder núbio sobre seu conquistador de outrora.8

Alguns tipos de objetos que eram encontrados em cemitérios coloniais, no Período de Napata, passaram a ser restritos à realeza. Por exemplo, ushabtis9 e objetos de faiança tornaram-se símbolos do poder dos reis núbios. Esses objetos eram importados de Tebas – agora uma região periférica do império núbio – mas também fabricados localmente.10 11

Dessa maneira, na parede sul do primeiro pátio do templo de Sanam, construído por Taharqa em Napata, costumes alimentares núbios foram registrados em hieróglifos egípcios.12 Ao mesmo tempo, a mais refinada das técnicas artísticas egípcias foi aplicada nas tumbas dos reis núbios, como se pode ver, por exemplo, na tumba do rei Tanwetamani em el-Kurru. É difícil determinar se artesãos egípcios foram empregados na decoração dessas tumbas. Mas é certo que a arte egípcia agora servia de instrumento para representar símbolos de poder tipicamente núbios.

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Detalhe da tumba do rei Tanwetamani (Ku. 16) Necrópole de el-Kurru. Foto de Rennan Lemos.

Conclusão

Como vimos, no momento da colonização da Núbia, vários elementos da cultura egípcia foram introduzidos na região. Antes da Núbia se tornar um império de pirâmides, os faraós do Egito erigiram fortalezas, templos e cidades em solo núbio por toda a extensão do Nilo até Jebel Barkal (Napata), a montanha sagrada, centro de culto do deus Amon. Tutmés III e Ramsés II construíram templos ali. Posteriormente, Taharqa e outros reis núbios escolheram o local como seu centro de poder, erigindo seus próprios templos e construindo suas próprias tumbas.13 Esses sítios nos proporcionam bases para constatar como elementos culturais egípcios introduzidos no período colonial passaram a fazer parte de processos núbios de formação de identidades imperiais e outras negociações de poder.

A história da Núbia, da época colonial ao período de Napata, pode ser entendida como um processo de transformação do que era colonial em imperial; de metamorfose de uma periferia em um centro de poder. Nesse processo, aquilo que era egípcio, passou a ser símbolo de poder núbio. O Egito, que outrora se expandiu em direção à Núbia em busca de ouro e outros bens, agora transformara-se em periferia da qual se explorava objetos que seriam utilizados como forma de sustentação do poder imperial núbio.

Esta é uma importante mensagem que a história pode nos trazer hoje em dia, mostrando que aquilo que a priori oprime, controla e domina pode ser subvertido e transformado em estratégia para superar limites e imposições estruturais. Trata-se de um processo de apropriação e ressignificação do que se lhe é imposto, que acaba se tornando poderosa arma de libertação.

Diante de uma história tão rica, só me resta recomendar ao público brasileiro que visite o Sudão. Trata-se de um país cujo povo é absolutamente amigável e hospitaleiro, além de abrigar uma infinidade de sítios interessantíssimos que revelam a riqueza cultural da África – antiga e contemporânea.

Notas

1 FRIZZO, Fábio. Estado, Império e Exploração Econômica no Egito do Reino Novo. 2016. 382 f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói. Disponível em: https://goo.gl/EtSziL. Acesso: 10 fev. 2018.

2 ROCHELEAU, Caroline M. Amun temples in Nubia: a typological study of New Kingdom, Napatan and Meroitic temples. Oxford: Archaeopress, 2008.

3 SPENCE, Kate; ROSE, Pamela et al. Fieldwork at Sesebi 2009, Sudan & Nubia n. 13, 2009, p. 38–46.

4 SMITH, Stuart Tyson. Pharaohs, feasts, and foreigners. In: BRAY, T.L. Bray. The archaeology and politics of food and feasting in early states and empires. Boston, MA: Springer, 2003, p. 39–64.

5 SÄVE-SÖDERBERGH, Torgny; TROY, Lana. New Kingdom Pharaonic sites. The finds and the sites. Partille: Paul Åstrom, 1991.

6 LEMOS, Rennan. Material culture and social interactions in New Kingdom non-elite cemeteries. In: CHYLA, Julia; DĘBOWSKA-LUDWIN, Joanna; Rosińska-Balik, Karolina; WALSH, Carl (eds). Current Research in Egyptology 2016. Oxford: Oxbow, 2017, p. 121-135.

7 O nome Núbia é de origem obscura. Talvez tenha a ver com o termo egípcio nwb, que significa ouro – o principal motivo pelo qual os egípcios invadiram a Núbia.

8 Smith, Stuart Tyson. 2013. Revenge of the Kushites: assimilation and resistance in Egypt’s New Kingdom empire and the Nubian ascendancy over Egypt. In G. Areshian ed. Empires and complexity: on the crossroads of archaeology. Los Angeles: Cotsen Institute of Archaeology, 84–107.

9 Estatuetas funerárias mumiformes que acompanhavam os mortos nos túmulos com o objetivo de magicamente substituírem o defunto nas atividades cotidianas que deveriam ser realizadas no mundo dos mortos. Essas estatuetas continham inscrições, sobretudo o encantamento 6 do “Livro dos Mortos”. Entre a realeza núbia, entretanto, a escrita era um elemento importantíssimo de criação de distinção, reservado somente aos reis. Dessa maneira, por exemplo, ushabtis de rainhas não contém inscrições.

10 Howley, Kathryn. 2015. Sudanic statecraft? Political organization in the Early Napatan Period. Journal of Ancient Egyptian Interconnections 7 (2): 30–41.

11 Griffith, Francis Ll. 1922. Oxford excavations in Nubia, Annals of Archaeology and Anthropology IX, 67–124.

12 Pope, Jeremy. 2014. The Double Kingdom under Taharqo: studies in the history of Kush and Egypt, c. 690-664 BC. Leiden: Brill.

13 KENDALL, Timothy; AHMED, El-Hassan Mohamed. A Visitor’s Guide to the Jebel Barkal Temples. Kharthoum: National Corporation for Antiquities and Museums, 2016. Disponível em: https://goo.gl/g8WZRH. Acesso: 10 fev. 2018.

Referências Bibliográficas

No Brasil há poucos que pesquisam a Núbia antiga. A maioria deles se dedica ao estudo do período colonial (Reino Novo no Egito). A listagem abaixo inclui algumas publicações recentes de pesquisadores brasileiros disponíveis on-line.

FRIZZO, F. Egipcianização e resistência na Núbia da XVIII Dinastia. In: A. Bracaglion, R. Lemos e R. T. Santos eds. Semna – Estudos de Egiptologia II. Rio de Janeiro: Seshat/Kliné, 2015, p. 80–87. Disponível em: https://goo.gl/xhNtdj. Acesso: 10 fev. 2018.

LEMOS, R.; VIEIRA, F.A. Práticas mortuárias no Egito e na Núbia durante o Reino Novo egípcio: avaliando o emaranhamento cultural na África antiga. In: Revista de Ciências Humanas 14 (2), 2014, p. 302–325. Disponível em: https://goo.gl/PtJDFW. Acesso: 10 fev. 2018.

SILVA, R.C.P.; LEMOS, R. “Uma inundação no céu para os estrangeiros”: a expansão da religião de Amarna na Núbia. In: A. Brancaglion, R. Lemos e R.T. Santos eds. Semna – Estudos de Egiptologia II. Rio de Janeiro: Klínē, 2015, p. 128–141. Disponível em: https://goo.gl/xhNtdj

VIEIRA, F.A. Os filhos da Núbia: etnicidade, deslocamentos e circulações culturais na África Antiga sob a XVIII dinastia egípcia. In: Anais do XXVIII Simpósio Nacional de História – ANPUH, 2015. Disponível em: https://goo.gl/i266Nc. Acesso: 10 fev. 2018.

VIEIRA, F.A. A educação de nobres núbios na corte faraônica: imposições culturais e negociações na África antiga. Revista Semana da África na UFRGS, n. 4, 2017, p. 4–9. Disponível em: https://goo.gl/Ed4ZyE. Acesso: 10 fev. 2018.


Agradecimentos

Agradeço a Fábio Frizzo, Fábio Amorim Vieira, Ana Paula Tavares e Bruno Leal pelos comentários e sugestões que tornaram bem melhor a versão final texto.

Como citar este artigo

LEMOS, Rennan. Um reino colonizado que se tornou império: a Núbia antiga (artigo).  In: Café História – história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/imperio-da-nubia-antiga/. Publicado em: 12 fev. 2018. Acesso: [informar data].

Rennan Lemos

Rennan Lemos é doutor em arqueologia egípcia e sudanesa pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Atualmente trabalha como pesquisador na Universidade de Munique, na Alemanha, onde leciona em nível de graduação e pós-graduação. É também pesquisador colaborador do Setor de Antropologia Biológica, Departamento de Antropologia do Museu Nacional/UFRJ. Com larga experiência em escavações arqueológicas no Egito e no Sudão, dedica-se há mais de uma década ao estudo da não-elite no Egito e na Núbia.

11 Comments

  1. Gostei muito do artigo. Pretendo usar em sala de aula.
    Uma curiosidade: você sugere visitas ao Sudão. Uma amiga esteve recentemente no Egito e precisou sair de lá correndo por conta de avisos de atentado. Como está a situação no Sudão? Sabe se é seguro?
    Pelo que sei essa minha amiga teve que usar os trajes locais, usar véu por causa da imposição. Poderia me esclarecer se for possível?
    É possível entrar no Sudão e visitar esses locais?

  2. Realmente belíssimo trabalho, com bases sólidas; mas, existem outras fontes, que atestam que o Controle da Núbia sobre o Antigo Egito, fora mais impactante do que do Egito sobre a Núbia, contestando inclusive os hieróglifos como uma das escritas mais antigas, pós rupestre, determinando escrita Kush (ou Cush), de origem Núbia; além de datar 6.518 anterior a nossa atualidade, indo de encontro ao marco teológico do ano cristão, pois, na antropologia social, a história do cristianismo inicia não em seu marco de 2.018 anos, mas, sim no século III, pois, até então era inexpressiva como Religião e como Cultura, não havia traços peculiares de linhagem dos personagens convertidos a corroborar os chamados fatos bíblicos, que abonassem a existência como fato, mas, sim como parte de um fictício acontecimento teórico. Encontramos no Sudão, até o Karém, os Dinkas, “Os Gigantes da África”, que somente contestam algumas alegações de historiadores e antropólogos, como em incursões ao Continente Africano na região de seus domínios, encontram-se grande acervo, que coloca a História dos Núbios como os responsáveis por Unificar o antigo Egito. Existe um lapso de tempo, entre 6.518 anos passados de Histórias e os presumidos “2.055 a.c.”. Novamente parabéns pelo trabalho.

  3. Obrigado pelo comentário. Fico feliz que o texto possa ser útil em sala de aula.
    Algumas áreas do país não são indicadas para turismo—da mesma maneira como ocorre no Brasil. Isso não impede, entretanto, que se visite o país. O relato me causa espanto. Nem durante a revolução de 2011 soube de coisa parecida com relação a turistas. Não há imposição alguma de traje, só o próprio bom senso de cada um.
    Recomendo bastante visitar o Sudão e o Egito: abre a mente, desconstrói-se estereótipos e ainda se pode ver as maravilhas da África antiga.

  4. Mentes brilhantes não se constroem do dia para a noite, elas são forjadas 🙂 e é nesses raros momentos que me sinto orgulhoso de ser brasileiro!
    Admirável o seu trabalho Dr. Rennam Lemos 😉
    Obs.: existe uma probabilidade de que Jesus Cristo seja de origem Núbia, penso eu!
    Um abraço fraterno,
    João Luiz

  5. Olá!. O artigo é interessante; entretanto, me causa estranheza não haver sequer uma citação ou menção aos trabalhos do Cheik Anta Diop. Afinal, é ele um dos mais destacados (senão o maior) egiptólogos que houve( e que há) sendo, portanto, uma referência inconteste. Acerca da Núbia, por exemplo, Diop diz que foi ela a colonizadora do Egito (demonstrando isso por meio de inúmeros métodos e provas cabais; por exemplo, quando explana sobre idiomas daquela região, quando dá explicação acerca das origens e dos cultos aos Deuses, bem como de traços fenotípicos e etc) e não o contrário como você sugere.

  6. Só tenho a dizer o seguinte: estou maravilhado de tudo. Desde a publicação do trabalho do doutor Rennan Lemos até os comentários, e apesar de eu ser da área 1 (antiga área dos machões), por uma questão política e de cidadania me despertou o interesse pelo estudo da História, e principalmente, tido concernente ao conhecimento do estudo da África e as suas civilizações. Muito obrigado, professor. Um abraço.

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