Foto de carro lança-chamas da Revolução de 1932 é destaque em novo acervo digital

O Museu do Ipiranga digitalizou milhares de objetos de seu acervo. Parte deste material é composto por documentos textuais e iconográficos da chamada "Revolução de 1932", que opôs tropas de São Paulo e do Governo Federal.
17 de fevereiro de 2023
Foto de carro lança-chamas da Revolução de 1932 é destaque em novo acervo digital 1
Caminhão lança-chamas foi presente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ao movimento constitucionalista. Foto: Museu do Ipiranga.

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, também conhecido como Museu do Ipiranga ou Museu Paulista, é o museu público mais antigo da cidade de São Paulo. E também um dos mais conectados. No início deste mês, o museu lançou o seu mais novo “acervo digital”. A plataforma da entidade está disponibilizando, gratuitamente, centenas de peças de seu riquíssimo acervo histórico.

Há objetos tridimensionais, textuais e iconográficos, de diversos períodos históricos e contextos sociais. Para organizar o material, os museólogos utilizaram o software livre Tainacan, desenvolvido pelo Laboratório de Inteligência de Redes da Universidade de Brasília (UnB). A busca pode ser feita por meio de três categorias: “denominações”, “coleções” e “períodos”. Dentro de cada uma há várias subcategorias. Em coleções, por exemplo, há 187 delas, como “adesivo”, “álbum” e “brasão”.

Um dos destaques são fotografias da chamada “Revolução de 1932”, ou ainda, “Revolução Constitucionalista de 1932”, que opôs São Paulo ao governo Federal em uma violente guerra civil. Centenas delas foram digitalizadas e agora estão a um clique do usuário do site. Algumas são realmente impressionantes. É o caso do carro lança-chamas (foto) e do trem-blindado, duas construções que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) entregou ao governo paulista como parte do esforço de guerra. O IPT produziu, na época, minas terrestres, máscaras, minas submarinas e muitas outras armas.

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.

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