10 serviços de streaming com filmes clássicos, independentes e raros 1
Serviços de streaming brasileiros e internacionais oferecem ótimas opções para quem deseja ir além do Netflix. Foto: Mike Simon (Unplash).

10 serviços de streaming com filmes clássicos, independentes e raros

Cinéfilos e cinéfilas não vivem apenas de Netflix. Nos últimos anos, multiplicaram-se as plataformas de streaming. Muitos serviços focam em circuitos e catálogos que vão além do grande circuito comercial.
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Os serviços de streaming transformaram a maneira como consumimos conteúdos audiovisuais. Com valores em geral acessíveis, catálogos temáticos diversos e internacionais, essas plataformas oferecem oportunidades não só para grandes produtoras e diretores, mas também para cineastas independentes e novos talentos, permitindo que suas obras cheguem a um público global.

Com a pandemia do COVID-19, esses serviços tornaram-se ainda mais importantes, fornecendo uma alternativa para o lançamento de filmes durante o fechamento de cinemas em todo o mundo. Embora a experiência do cinema seja insubstituível para muitos, a importância dos serviços de streaming para a indústria cinematográfica é indiscutível.

Conheça algumas boas opções de serviços de streaming que são ótimas alternativas para quem quer ir além do catálogo das grandes empresas como Netflix e Amazon Prime – alguns desses serviços são gratuitas e brasileiros.  

(1) MUBI: privilegia filmes clássicos, independentes e experimentais, em sua maioria não-europeus. O serviço apresenta uma seleção rotativa de 30 filmes, com um novo adicionado e outro removido a cada dia. O serviço funciona como uma espécie de circuito de arte, apresentando festivais de forma recorrente. O preço normal é de R$ 29,90. Mas estudantes pagam R$ 18,90 mensais. Sugestão de filme na plataforma: “3 corações”, de Benoît Jacquot. Clique aqui para conhecer.

(2) Belas Artes à La Carte: focada em cinema “de arte” e “filmes cult”. O serviço apresenta uma seleção cuidadosamente curada de filmes de todo o mundo, com ênfase em produções clássicas e independentes. O serviço pertence ao Cinema Belas Artes, desde julho de 1956, em São Paulo. O preço é a melhor parte: R$ 12,90 mensal ou R$ 141 no anual. Sugestão de filme na plataforma: “O homem que vendeu sua pele”, de Kaouther Bem Hania Clique aqui para conhecer.

(3) Porta Curtas Petrobras: plataforma brasileira focada em curtas-metragens brasileiros e internacionais, mais ou menos comerciais. Sugestão de filme na plataforma: “A Dama do Estácio”, filme brasileiro de Eduardo Ades. O serviço é gratuito. Clique aqui para conhecer.

(4) Spcine Play: apresenta uma ampla variedade de conteúdo produzido na cidade de São Paulo, incluindo filmes independentes, documentários e produções nacionais. A maioria do conteúdo é formado por curtas-metragens. O serviço é vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e demais instituições de São Paulo. Sugestão de filme na plataforma: “À meia-noite levarei sua alma”, clássico de 1964 de José Mojica Marins, o “Zé do Caixão”. O serviço é gratuito. Clique aqui para conhecer.

(5) Oldflix: serviço de streaming brasileiro que oferece uma ampla variedade de filmes e séries clássicos e antigos, principalmente das décadas de 1960 a 1990. O serviço se diferencia de outros serviços de streaming por seu foco em conteúdo mais antigo e nostálgico, incluindo filmes de gêneros populares como terror, ação, romance, comédia e ficção científica, além de séries de TV de sucesso da época. Sugestão de filme na plataforma: “Amor à queima-roupa”, clássico da década de 1990 dirigido por Tony Scott e com Brad Pitt e Christian Slater no elenco. Tem três planos 14,90, 16,90 e 18,90, dependendo das telas simultâneas. Clique aqui para conhecer.

(6) Reserva Imovision: a Imovision é uma das maiores distribuidoras de filmes europeus no Brasil. E agora está com um serviço de streaming excelente (o meu preferido). O cartólogo é muito diverso e de altíssima qualidade. Sugestão de filme na plataforma: “45 anos”, de Andrew Haigh. É possível fazer uma degustação por sete dias e depois decidir se vale ou não pagar os 24,50 mensais. Minha opinião? Vale a vale muito! Clique aqui para conhecer.

(7) Filmicca: ela se define como um streaming brasileiro de cinema de arte mundial, do clássico ao contemporâneo, onde se encontra filmes exclusivos, lançamentos inéditos, obras dos grandes festivais, clássicos restaurados e muito mais. O catálogo é bem amplo. Há categorias tradicionais, como “documentário” e “terror”, mas o diferencial mesmo são as coleções, onde você pode encontrar “Cinema em língua francesa”, cinema tcheco” e “Cinema LGBTQUI+”. O plano mensal custa R19,90, mas o plano anual custa apenas 5 reais por mês, por meio de um pagamento único de 60 reais ao ano. Sugestão de filme na plataforma: “Frantz Fanon – Pele Negra, Máscara Branca”, estrelando o ator britânico Colin Salmon”. O filme imagens de arquivo e entrevistas com grandes teóricos e escritores como Stuart Hall, Françoise Vergès e Homi K Bhabha. Clique aqui para conhecer.

(8) Itaú Cultural Play: streaming com catálogo diverso e com curadoria especializada de filmes, séries, programas de TV, festivais, mostras temáticas e/ou competitivas, além de conteúdos de instituições parceiras. Filme que destaco: “O menino e o mundo” (2013), uma incrível animação brasileira indicada ao Oscar de Melhor Animação em 2026, com trilha de Emicida e outros grandes artistas. O Itaú Cultural Play é gratuito. Clique aqui para conhecer.

(9) Sesc Digital: A plataforma Sesc Digital oferece gratuitamente e sem necessidade de cadastro, com curadoria do CineSesc, um cardápio de filmes nacionais e estrangeiros, entre clássicos e contemporâneos, com cópias em alta qualidade e legendas em português. Nossa dica de filme: “Verão 1993”. Serviço gratuito. Minha sugestão: “A Lua nasceu”, do direto japonês Kinuyo Tanaka. Clique aqui para conhecer.

(10) Mosfilm: canal no YouTube com vídeos da mais importante e conhecida produtora da antiga União Soviética. O canal tem filmes clássicos de Eisenstein, Kurosawa, Tarkovski e outros. Áudio original com legendas em inglês. Serviço gratuito. Clique aqui para conhecer.

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.

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