A vida cotidiana na Revolução Francesa

4 de julho de 2020
A vida cotidiana na Revolução Francesa 1

A vida cotidiana na Revolução Francesa

Essa semana eu estava navegando pelo Twitter quando me deparei com este livro, que será lançado em inglês, mês que vem. Ele examina a vida cotidiana durante os anos da Revolução Francesa. Interessante, não? Sempre gostei da chamada “história da vida cotidiana” (muito praticada por americanos e alemães), e usá-la para pensar a França Revolucionária é realmente algo bem legal. Como viviam as pessoas numa época tão conturbada? De alguma forma a vida seguiu, mas como? Como eram as atividades do dia a dia? Quais os principais medos do homem comum e como as relações sociais foram impactadas pela “macro-história”? São questões que talvez nos ajudem a pensar o nosso próprio tempo, quando nossas vidas privadas e cotidianas são duramente afetadas pela pandemia. Pena que o dólar está tão caro e que a tradução do livro ainda esteja tão distante no horizonte. Mas, quem sabe alguma editora não traz a obra para o Brasil…

O Flamengo ainda é o clube do povo?

Após romper com a Rede Globo, a diretoria do “mais querido” revoltou muitos de seus torcedores ao anunciar a cobrança de R$ 10,00 para quem quiser assistir o jogo contra o Volta Redonda pela FlaTV, na internet (apenas sócio-torcedores não pagam). A revolta é compreensível. Os torcedores, afinal de contas, nunca pagaram para ver os jogos do clube na televisão aberta. E embora seja também compreensível que o clube queira ser proprietário pleno de seus direitos de imagem, a cobrança dos jogos levanta questões legítimas do ponto de vista social. Como fica o torcedor pobre, que não tem internet e nem cartão de crédito? O Flamengo continuará sendo o “clube do povo”? A história do Flamengo com as classes mais populares, por sinal, é muito interessante. Para quem quiser descobrir como essa relação começou, recomendo demais a tese “Um Flamengo grande, um Brasil maior”, de Renato Coutinho, professor da UFF. Uma das melhores leituras que fiz recentemente em História do Brasil.

História Digital e Divulgação Científica

Ontem, 3 de julho, participei de uma live do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Apers). Falei sobre a prática da divulgação científica na internet, e de como ela é importante para aproximar sociedade e universidade. O papo teve pouco mais de duas horas e está disponível na íntegra no YouTube. Idalelete Maria, da Universidade do Minho (Portugal), e Moises Rockembach, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dividiram a bancada virtual comigo.

“Notas de Rodapé” é a coluna de Bruno Leal, editor do Café História. Aqui você vai encontrar notícias rápidas, informações sobre eventos, lançamentos de livros, reflexões sobre a presença da história no tempo presente, sugestões de filmes, pensamentos sobre o ofício do historiador e muitas outras coisas legais que esse divulgador científico for encontrando pelo meio do caminho. Tem alguma pauta? Escreva para a coluna.

Leia outras edições do Notas de Rodapé

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.

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